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Arquitetos: SOBO architects
- Área: 88 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Byeon Jongseok, SOBO architects
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Fabricantes: American Standard, Anna Kitchen, Benjamin Moore, Durastack, Eagon, Morso, PARKY, Samhan C1
Descrição enviada pela equipe de projeto. Zeppelin é uma casa unifamiliar na fronteira da cidade nova de Gimpo, vizinha de Seul. Seus três andares estão posicionados cada um em nível diferente do terreno inclinado. Trata-se de uma casa isolada para uma família de quatro pessoas e seu térreo foi criado como nível de entrada usando o declive, transformado em armazém e oficina. No nível superior, o primeiro andar acomoda uma sala, cozinha e quarto de hóspedes, já o segundo andar abriga quatro quartos. Acima está o ático que conecta o jardim do terraço.
20% - Os terrenos para habitação suburbana desenvolvida de forma privada fora da área metropolitana de Seul têm forma e escala semelhantes. Para oferecer um preço adequado, cada lote é geralmente dividido em tamanhos entre 350 e 600 metros quadrados. Esses lotes na área suburbana são geralmente limitados por regulamento a uma relação construção/terreno de 20%. Considerando o tamanho do terreno, a área construída passa a ser de 70 a 120 metros quadrados, o que pode ser muito pouco para alcançar o sonho da casa-suburbana com 'sensação de amplitude', 'contato com a natureza', 'sala especial pra hobby', etc. Satisfazer todos os sonhos e requisitos leva a uma pequena casa com alto gabarito.
80% - A área do terreno era 446m2. Todos os requisitos do cliente foram aceitos em primeiro lugar. Os ambientes foram dispostos dentro da área construída de 89m2 para criar um espaço com uma densidade elevada e 20% de limitação, foi também necessário o aproveitamento dos restantes 80% do terreno. Na verdade, a ideia de prestar atenção no espaço aberto de 80% parecia tão atraente que se tornou um dever definir claramente esse ambiente externo.
Primeiramente, foi posicionado no local um volume simples contendo todos os ambientes necessários. O estudo de projeto foi direcionado na tentativa de divisão do espaço externo em várias maneiras possíveis, com diferentes tipos de implantação. Ao invés de permitir que o espaço externo se tornasse um único lugar remanescente ao redor do volume, pretendia-se que nele fossem criados lugares com características únicas ao serem intencionalmente divididos pela arquitetura. Como resultado, foram projetados seis espaços abertos com diferentes tamanhos, fechamentos e hierarquias, desde o espaço de entrada mais baixo até o jardim da cobertura mais privativo.
Hierarquia dos espaços - Ao entrar, os espaços externos vão se tornando gradativamente mais privativos. Vários elementos arquitetônicos circundam e definem os espaços. Três dos quatro lados de cada espaço enfrentam vários elementos, como cercas, vegetações, escadas ou um declive. O outro lado está voltado para o volume edificado em contato com o espaço interno. O caráter e a hierarquia de cada espaço externo diferem dependendo do espaço interno adjacente. O espaço voltado para a sala familiar tem maior hierarquia e privacidade do que outro adjacente à sala de estar. O que está ligado à cozinha torna-se um pátio de serviços e utilidades. O espaço exterior torna-se uma espécie de 'sala sem telhado' como extensão do ambiente interior.
Materialização - O material suporta esta relação. A fim de revelar plenamente o caráter de cada espaço externo, a edificação oferece um cenário tranquilo e marcante com o uso de materiais tão simples e pesados quanto possível. Para o térreo, superfícies de concreto aparente e tijolos de cimento foram usados formando uma base. A massa superior é feita de tijolo alaranjado que segue até o telhado. Em contraste com a parte seca e inexpressiva da entrada, a forma superior, um espaço de convivência, pretende ter ao mesmo tempo brilho e seriedade. Como resultado, a edificação foi moldada como se um pesado navio de tijolos alaranjados estivesse flutuando no local. Um único pilar de formato nítido adiciona tensão à flutuação. O nome do projeto 'Zeppelin' foi derivado desta imagem.